Partimos com o objetivo de documentar e organizar um acervo com diversas narrativas pessoais referentes à uma história. A história da Academia Piolin de Artes Circenses, desde sua fundação até o encerramento de suas atividades. Trata-se de um trabalho de registro e resgate para conhecer, analisar e divulgar reflexões acerca das recentes mudanças na forma de transmissão dos saberes e conhecimentos específicos desta arte. E, a partir deste levantamento, facilitar o acesso do material como fonte de pesquisa à todos os interessados, tanto no meio artístico em geral e especialmente circense e também nos meios acadêmicos, bem como à todos os outros interessados para que possam ter interesse e desejem ter conhecimento sobre essa parte da história do circo no Brasil e sua específica contribuição na transformação dos processos de ensino/aprendizagem e na importância na constituição do patrimônio cultural brasileiro. Com isso, buscamos dar incentivo para que surjam mais estudos e pesquisas sobre o circo. Queremos colaborar com esse cenário com conteúdo que proporcione motivação para mais pesquisas, discussões e pensamentos sobre os temas que cercam o nosso objeto.
Assim, nos deparamos diretamente com questões sobre a transformação nos métodos de transmissão dos saberes circenses e, através disso, sobre a identidade dos circenses da contemporaneidade. Especificamente, sobre a construção dessa identidade a partir do surgimento das escolas de circo, tanto no que tange àqueles que se formam em escolas como a respeito dos que se formam sob a lona “tradicional”... e hoje convivem todos no mercado de trabalho. Poderíamos ir até a indagação: O que é “ser circense” hoje? É uma pergunta muito ampla, por isso, decidimos dedicar este trabalho aos registros sobre a primeira manifestação de difusão da cultura e dos saberes circenses fora do nomadismo. Uma escola de circo.